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Jornalista, Publicitário, Especialista em Marketing Empresarial e professor. Escritor no tempo que me sobra.

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A última Agência de Publicidade da Terra

Os incômodos da TV por assinatura

Ainda me lembro do dia em que instalaram minha primeira TV por assinatura. Diante daqueles cento e tantos canais um mundo de novidades na telinha se expôs diante de mim e me deu oportunidade de acompanhar as séries que, até então, só tinha ouvido falar ou assistido em horários ingratos na Tv aberta.

De repente eu tinha acesso a Arquivo X, Buffy, 24h, além de documentários, desenhos, shows. Minhas noites de insônia e tardes de domingo estavam garantidas.

Mas o tempo (sempre ele) passa e as coisas mudam. E como mudam. Principalmente na gestão das Tvs. E ai, eu percebo que hoje em dia duascoisas me incomodam bastante quando busco de alguma diversão sem compromisso no mundo da TV por assinatura.

Canais dublados sem opção alternativa ao assinante

De uma hora para outra muitos canais, apoiados por "pesquisas" começaram a dublar sua programação sem criar uma opção para os assinantes que, como eu, entendiam que a Tv por assinatura era uma proposta de diferencial em relação às Tvs abertas.

Em muitos casos a dublagem não só compromete o aúdio dos programas como também eliminam as características dos personagens. Basta assistir qualquer série de ação para perceber que o nível do aúdio da dublagem e bem inferior ao dos demais efeitos que compõem a cena. Um personagem está falando e o volume da TV tem que ser ajustado para o 10, 15, para conseguir escutar alguma coisa. De repente uma explosão e alguém na sua casa grita: "Dá pra abaixar o volume ai por favor".

Em desenhos animados como Family Guy e The Cleveland Show, onde os criadores da série criaram vozes engraçadas para definir as características de cada membro das desajustadas famílias, a dublagem simplesmente elimina esses detalhes e os mesmos se tornam sem essência, comuns. Sem contar que nem sempre as piadas americanas se encaixam na dublagem brasileira e aí temos um esforço para encaixar alhos com bugalhos que, as vezes, soa muito, muito estranho.


A repetição infinita de filmes

Eu, particularmente, já perdi a conta de quantas vezes vi, passando por um ou outro canal, filmes como Homem Aranha, Superman o Retorno, Harry Potter e a Pedra Filosofal, Star Wars, O Espanta Tubarões, entre outros. O intervalo entre as repetições dos filmes é tão pequeno que dá para começar a memorizar os diálogos, isso se você tem paciência para assistir ao mesmo filme umas cinco ou seis vezes.

Outro detalhe é que todos os canais criaram blocos de filmes em sua programação eliminando as saudáveis reprises das séries da semana, que eram uma benção para quem não tinha tempo de assistir um outro episódio.

Se existem canais exclusivos de filme na TV por assinatura, por quê essa inundação de reprises de filmes em todos os canais?

No caso da dublagem, amparada por pesquisas, me entristece a escolha de se atender a um determinado público em detrimento de outro (que acompanhava os canais desde o início). Não seria o caso de automaticamente se oferecer a opção de assistir ao aúdio original com legendas? É um investimento claro, mas que demonstraria respeito a todos os assinantes.

Quanto aos filmes, acho que uma boa faxina na lista de programação já seria um bom começo.

Penso que se algo não for feito com certeza daqui a algum tempo será melhor comprar um bom Box das séries preferidas do que arcar com os preços salgados da Tv por assinatura brasileira todos os meses.

E eu ainda nem comentei as "cotas" de produções nacionais que o governo vai obrigar as operadoras a cumprirem. Prevejo uma infidade de programas de auditório e mais reprises. Mas, sobre isto, conversemos outro dia.